Tourism / Cabo Verde

Um país, dez ilhas a descobrir

O arquipélago de origem vulcânica contempla dez ilhas com uma beleza de tirar o fôlego. Abençoadas pelo sol durante todo o ano, as ilhas têm na música e na cultura um ritual que faz parte do dia-a-dia dos habitantes, cativando o visitante com a mística de Cabo Verde.

Um país, dez ilhas a descobrir

As praias paradisíacas são um dos principais atractivos turísticos de Cabo Verde.

Se olharmos para a localização de Cabo Verde no mapa, é fácil verificar que as várias ilhas formam dois grupos: a Sul, o grupo das ilhas de Sotavento, que inclui as ilhas Brava, Fogo, Maio e Santiago; e a Norte, o grupo das ilhas de Barlavento, que inclui as ilhas de Boavista, Sal, Santo Antão, Santa Luzia, São Vicente e São Nicolau. Cada uma delas constitui uma experiência única, com a suas paisagens e as suas culturas próprias.

A Ilha do Fogo é talvez uma das mais fascinantes, com a força mística do seu vulcão, o contraste das cores da terra negra e do verde chamativo da vida que ali nasce, sem esquecer o seu vinho forte e saboroso. Igualmente espectacular é a Ilha de Santo Antão, famosa pela beleza acidentada das grandes elevações e os verdejantes vales montanhosos.

Na Ilha de Santiago, a poucos quilómetros de Praia, a Cidade Velha costumava ser a capital até os habitantes se cansarem dos constantes ataques de piratas. Hoje, a Cidade Velha é considerada como Património da Humanidade. A UNESCO assinalaa como a primeira cidade colonial construída nos trópicos, um passo decisivo na expansão europeia em África e no Atlântico no final do século XV.

Em São Vicente, onde cada habitante é um pouco de músico e poeta, o visitante deixa-se levar pelos ritmos quentes da morna e da coladeira, ou seja, sons que reforçam a vontade de conviver, enquanto o olhar se perde na beleza da Baía das Gatas. Tem ainda São Nicolau, óptima para a pesca desportiva, a Ilha Brava cheia de flores, e Santa Luzia, cujos únicos habitantes são tartarugas e cuja fauna marítima se encontra protegida. Por último, é possível relaxar nas famosas praias paradisíacas nas ilhas do Sal, Boa Vista e Maio, e desfrutar de um leque alargado de desportos náuticos. Por todos os cantos, o que mais surpreende é a grande autenticidade, recurso cada vez mais raro nos destinos turísticos, e a famosa Morabeza, a índole cordial do cabo-verdiano.

O papel das infraestruturas é fundamental, como se pode ver com o sucesso da Ilha de Boa Vista, colocada no roteiro internacional após a abertura do aeroporto. Queremos facilitar os itinerários turísticos de ilha em ilha e dar a conhecer a grande diversidade da nossa oferta turistica.

A crescer
Com os números do turismo sempre a aumentar, o país quer hoje dar a conhecer a sua diversidade. Na passagem de 2010 para 2011, o número de hóspedes cresceu 24,5% e o número de dormidas progrediu 20,7%. A construção de unidades hoteleiras tem registado, em média, a abertura de dez novos empreendimentos por ano.

Como refere Humberto Santos de Brito, Ministro do Turismo, Indústria e Energia, “tínhamos como previsão alcançar o meio milhão de turistas anuais em 2013. Neste momento, posso afirmar que esta meta já foi alcançada, o que significa que temos praticamente um turista por cada habitante.”
O ambiente de tranquilidade e de paz contribui para este sucesso. O desvio dos fluxos turísticos resultante de situações de instabilidade noutros destinos próximos, nomeadamente no Norte de África, acabam por beneficiar Cabo Verde. Santos de Brito realça que “existe agora um grande potencial com o turismo de cruzeiros”.

Todas as ilhas têm potencial turístico. “O nosso ‘slogan’ é Um país, dez destinos”, explica o ministro, detalhando: “Se numa ilha a tendência é mais para o turismo ecológico, noutras ilhas os pólos de atracção são os desportos náuticos, e noutros locais o turismo pode centrarse no montanhismo.” Ao atingir a marca dos 500 mil turistas por ano, já se pode falar numa indústria do turismo. Este patamar traz uma maior responsabilidade para com a economia local, como esclarece Santos de Brito: “A criação de uma indústria do turismo é muito importante para destinos em fase de crescimento, como é o nosso caso, pois são grandes investimentos que posicionam decisivamente Cabo Verde no mapa turístico internacional”. Perante este panorama, o país posicionase como um pólo de investimento aberto.

Cabo Verde é hoje um dos destinos privilegiados pelos portugueses. Realçando o facto de Portugal ser o maior parceiro económico de Cabo Verde, o Ministro do Turismo destaca também “a importância dos investimentos que os portugueses estão a fazer e o ‘savoir faire’ que trazem com eles”. Neste âmbito, importa destacar a ampla oferta de vôos da TAP para Praia, Sal, São Vicente e Boa Vista, colocan- do Cabo Verde a apenas três horas de distância de Lisboa. O paraíso fica assim mais perto de todos nós.